partilhando desafios

um provocador de sonhos...e uma provocadora de memórias...

quarta-feira, abril 12, 2006

continuando o caminho...

E eis que o sentir se libertou do desenho da palavra...
O desafio também vive da partilha,
De ser todo por inteiro num breve instante,
Tornando-se um momento único de poesia...!

posted by surpreendida at 11:12 da manhã 1 comments

odores da poesia

Espreito da janela o colorido das flores
no pulsar da Primavera.
Lembrei-me das flores de laranjeira,
das madressilvas,dos lilases,
das ervilhas-de-cheiro...
Inebriada de tanto aroma...
Tombei caída no baú da memória
dos meus sentidos,
Hum...está-se tão bem...

posted by surpreendida at 11:10 da manhã 0 comments

domingo, março 19, 2006

quando um Pai nos olha em sorrisos

Dou por mim, num discreto mas sistemático olhar atento...
A passagem do tempo, cumpre os ciclos da vida...
Possa filha do pai cuidar, como ele dela cuidou...

posted by surpreendida at 6:28 da tarde 0 comments

quarta-feira, março 08, 2006

quando uma mulher é mais que uma rosa...

Não que um dia faça a diferença
Mas se um dia puder fazer alguma diferença
Para que em cada dia haja igualdade na diferença...

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segunda-feira, março 06, 2006

foi...como veio

Alexandre no seu pedestal, não se deixou mascarar...
O dorminhoco Guilherme, disfarçou-se de sentidos
E o engraçado Tiago, tinha cauda de animal...
Um docinho de algodão, lembrava o terno Miguel
Mas o safadinho João mostrava um risinho infernal...
O bigodes tigre Manel, cansado adormeceu,
Enquanto a fada Margarida, esvoaçava divertida...
E assim de uma penada, divertiu-se a garotada
E lá se foi o Carnaval...

posted by surpreendida at 5:34 da tarde 0 comments

terça-feira, fevereiro 28, 2006

carnaval do rio...tejo

Haja quem brinque e se dê à folia.
Pena que teimem copiar o que não é copiável.
Se tão bem usam a sátira, o burlesco...
Sonhei um baile de belas máscaras,
Mas senti a vida por demais grotesca
E escondi-me do mundo para não dançar...

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quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Sabes Zeca...

Vendo bem
haja ou não gaivotas em terra
não se vê ninguém a pensar...

Vê-se é quem
dorme à noite ao relento da vida
sem sentir no que acreditar...

E há praças
mas não gente madura
E há estátuas mas falta saber...

Muitos andam
nas noites de breu à procura
Sem encontrar quem lhes possa valer...

Aquele homem
o de fraca figura
perdeu-se nos caminhos sem pão...

E ali
na praça despida de gente madura
jaz agora o homem caído no chão...

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quarta-feira, fevereiro 22, 2006

e num abraço também cabe um acreditar

E neste abraço que há-de ser todo por inteiro,
No autêntico sentir do nosso olhar,
Em desafios de vida ou de sonho,
Sintam quanto somos em cada coisa,
Partilhando o nosso acreditar...

posted by surpreendida at 8:16 da manhã 1 comments

terça-feira, fevereiro 14, 2006

coisas ditas...

Como manda a tradição
Sonhei um paninho bordar,
Deixando o meu coração
Num lenço de namorar.

Alvo linho assim bordado
Em ponto pequenininho,
De mil cores salpicado
Te bordarei meu lencinho.

Hei-de deixar-te caído
P´ra que te possa encontrar
Quem achando-te perdido,
Se encante e queira usar...

ditas pelo Avô, escritas-em-lembranças pela Neta

posted by surpreendida at 2:56 da tarde 2 comments

sábado, janeiro 21, 2006

capaz de ousar

Quisera saber-nos capazes de derrubar,
Uma estratégia cirurgicamente calculada,
Um silêncio oportunista que tanto cala...
Com qualquer que seja a idade,
Possa ou não ser poeta,
Velha guarda de direitos,
Ou clareza de olhos nos olhos...
Para já, destes, qualquer um,
Mas Um, capaz de ousar um ideal...
Ergam-se vozes, em traços feitos cruz,
Por direitos, liberdades, garantias...

posted by surpreendida at 2:29 da tarde 1 comments

quinta-feira, janeiro 12, 2006

no olhar

É no olhar,
Na plenitude de cada olhar,
Que encontro o sentido de todas as coisas...
É no olhar,
Na plenitude de cada olhar,
Que a cada passo me deslumbro...
É no olhar,
Na plenitude de cada olhar,
Que procuro o reflexo de quanto sou...

posted by surpreendida at 5:49 da tarde 1 comments

sábado, janeiro 07, 2006

os ciclos, também cabem numa lágrima...

Que se diz a uma amiga que perde o pai...
Não basta dizer o quanto sentimos....
Porque não lhe tira a tristeza do olhar...
O peso da dor carrega mais que fardo...
E não há forma de lhe aliviar a carga...
Quem sabe lembrar-lhe o ciclo da vida...
A força da semente de que é guardiã...
A infinita beleza do seu florir...

posted by surpreendida at 9:53 da tarde 0 comments

quarta-feira, dezembro 21, 2005

para que haja Natal, é urgente lembrar ( é preciso avisar toda a gente*...)

Sofrendo a cruz da ínfima vida,
No silêncio de uma morte anunciada,
Deitados na aridez da desgraça
Recolhidos no colo da dor,
Filhos de um Deus esquecido,
Crianças sem data,
Sem Natal...

* vozes de poeta-cantor que me soaram ao longe ( ary dos santos? padre fanhais?)

posted by surpreendida at 4:07 da tarde 0 comments

terça-feira, dezembro 20, 2005

andámos à procura de palavras novas para o natal. para este. para dar Natal. desconseguimos. O natal são gestos. de dar. gestos. não prendas coloridas. embrulhos. os gestos não se embrulham. acontecem em afectos.
que aconteça natal em todos vós...

surpreendida e olhos-vagabundos

posted by surpreendida at 11:50 da manhã 0 comments

quinta-feira, dezembro 08, 2005

desejos? (des)anjos?

Como que uma dor dentro do peito,
um anseio...
Uma infinita necessidade de entrega,
de partilha...
Um imenso desejo latejante
de todos os sentidos...

posted by surpreendida at 11:45 da manhã 0 comments

terça-feira, dezembro 06, 2005

(re)nascer(es)

Saibam que nasceu, contam-se hoje anos,
Concebida por quem não a soube amar...
Perguntem-lhe da vida o bem querer,
Saberão de um sol, de uma estrela, de um luar...

posted by surpreendida at 12:28 da tarde 0 comments

sexta-feira, novembro 11, 2005

disse-me o vento

Ouvi falar do elogio a um amor puro...
Desmedido, ousado, marcante, louco, irresistivel....
Inquestionável, de dar sem ter, de dor sem mágoa...
De quem o tiver, poder viver tristemente sozinho, mas não ser só...
Que possa não ficar a vida toda,mas fique dentro de nós para toda a vida...
Um amor que se guarde no coração e seja a própria alma...
Possa, num olhar, num momento...
Encontrar um amor assim...

posted by surpreendida at 11:13 da tarde 1 comments

finitudes

Peguei em pensamento feito desafio e pus-me a olhar bem para ele...
Ali estava,
forte,
imenso,
desafiador,
a olhar para mim...
Não lhe valeu de nada, não me assustou, não me convenceu...

Presumo que Deus nunca terá um microscópio...

E eu vou tirar os óculos...
Quem sabe, naturalmente, se entende melhor a vida...

Incluindo as suas finitudes...

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segunda-feira, novembro 07, 2005

revoltas

Trago mágoas de alma, dores de vida, escondidas no corpo...
Invisíveis lutas de células loucas...
Limitam, deformam, imobilizam...
Esforça-se o pensamento por alinhar os sentidos...
Sonho-me livre, em voo de condor...

posted by surpreendida at 3:46 da tarde 1 comments

retocar azuis

Criaram-me gaivota, mergulhando em abraços de infinito, faminta de alimento de alma...
olhei e descobri o sorriso de um olhar de menino...
rasguei o azul do céu, num golpe de asa e ofereci-lhe um arco-íris de sonho, com as cores viradas de pernas para o ar...
anda o menino todo entretido,
a retocar azuis...

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terça-feira, novembro 01, 2005

tremuras

A Terra enfurecida, tremeu devastadora e então Lisboa desapareceu,
Impressionando a Europa.
A Terra continua a enfurecer-se devastadora e a Europa impressiona-se,
Mas nem sempre da mesma maneira...
Tremessem consciências e enfurecia-me devastadora...

posted by surpreendida at 4:56 da tarde 0 comments

quarta-feira, outubro 26, 2005

feridas

Em ferida tratada não se mexe,
precisa sarar de vez.
Se um castelo ruir, construa-se outro,
mas mais forte.
A força de cada alma,
começa por si mesma.
Se acena, cínica e maldosa,
como pode ser velha amiga?
Afastem-se tormentos
de má memória.
Não há fuga
que mate os medos...

posted by surpreendida at 6:10 da tarde 1 comments

segunda-feira, outubro 24, 2005

ser, urgente

Perdi-me na urgência de ser urgente,
olharem-me a dor que o corpo sente,
Que triste a urgência de um hospital,
Para quem vai,
para quem está,
para quem é,
para quem sai...
Pior mesmo?
Era ser animal...

posted by surpreendida at 10:56 da tarde 0 comments

outros horizontes

É infinito o horizonte...
Não se esgota nos passos passados...
Caminhando em partilha...
Poderás mesmo descobrir...
Outros horizontes...

posted by surpreendida at 10:52 da tarde 0 comments

domingo, setembro 25, 2005

rubros, libertados...assim

Há muito que ando rubra de vergonha, do que vejo, do que oiço, dos outros e de mim.
Saber-nos,
acomodados na mediocridade,
Sentir-nos,
atolados no lodo...
Queria tanto acreditar que das cinzas se renasce...
Trago preso na garganta um grito de esperança que preciso libertar...

posted by surpreendida at 4:34 da tarde 2 comments

fui viajar

Olhei o mar,
Vi brancas ondas gigantes, assaltadas por cavaleiros em piruetas mil.
Quais pontos negros em descanso, ondulavam bamboleantes.
Titubeando sobre as rochas, acabavam por voltar ao quente do areal.
Fiz-me gaivota e inconformada com este desajeitado andar,
Abri asas de sonho e rumo ao horizonte... fui viajar...

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segunda-feira, setembro 19, 2005

à flor da pele

Invadida, de delicada dádiva, em gesto meigo, feito carícia, em oferta feita afago, deixem meus amigos, que em mimos, se transforme, por vós, o meu cuidar...

posted by surpreendida at 12:59 da tarde 1 comments

instintos...

É o inexplicável impulso
que te impele,
É a memória que guardas
em cada gene,
É a aptidão natural
que te inspira,
É o que te dita a intuição
sem que percebas,
É o que te manda o coração,
mais que a razão,
É o sentir para além
do pensamento,
São os instintos...

posted by surpreendida at 12:58 da tarde 1 comments

sábado, setembro 17, 2005

Trago na memória uma linha....

Trago na memória
guardada,
Uma linha de
horizonte,
Que não dividia o
céu do mar...
Ao longe enfunada
ao vento,
Branca vela pontilhava
o azul.
Do verde água
do oceano,
Nasciam breves ondas
de espuma.
E a areia quente,
macia,
Oferecia-se ao sol
em deleite...

posted by surpreendida at 2:45 da tarde 0 comments

carrossel

Pierrot escutou e nem queria acreditar.
Saltimbanco-palhaço pobre,
De girassol na lapela,
Convidava Columbina,
P'ra levar a passear...
E ela rubra que nem papoila,
Estendendo-lhe a mão,
Sorriu-lhe e deixou-se levar...
Lambuzados de algodão doce,
Sentados em seu belo dossel,
Lá iam em cavalo de pau colorido,
Num sobe que desce sem parar,
Girando na roda de um carrossel.

posted by surpreendida at 2:43 da tarde 0 comments

domingo, setembro 11, 2005

quando um abraço não se agradece...

Como poderei agradecer o tanto que me dão
Os meus amigos ?
Se pudessem sentir o meu cuidar...
Criem em mim um refúgio,
Um porto de abrigo.
Descansem aqui da vida,
Querendo, precisando,podendo.
Partilhem comigo caminhos de sonho,
Em serenos passeios pelo infinito...

posted by surpreendida at 2:28 da tarde 0 comments

sonhos

Quando durmo, o meu espírito vê coisas.
Se me lembro e conto o que vejo,
Ninguém estranha.
De olhos bem abertos, permito-me
Devaneios, quimeras mil,
Ambiciono ideais, aspiro utopias...
Luto, grito, explico...
Acham-me tola.
Não os percebo,
São tudo sonhos...

posted by surpreendida at 2:27 da tarde 0 comments

sexta-feira, julho 29, 2005

tempo de redescobrir o tempo

Vagabundo adoentou-se,
Parou no seu vaguear,
Surpreendida quedou-se,
Esperando o seu melhorar.

Surpreendida é bem tonta
E andou a disfarçar,
Não valeu o faz de conta,
Precisa de descansar.

Não deixem de aproveitar,
Descansem dela também,
Mas partilhem o vosso sonhar...
E as memórias... com alguém....

posted by surpreendida at 10:00 da manhã 0 comments

segunda-feira, julho 11, 2005

momentos

Reparem na alegria do olhar,
de quem se apaixonou...
Espelha o encantamento
da alma,
O palpitar que brota
do coração...
O sorriso de um sonho
sem fim...
É tão bonito o olhar
de quem se apaixonou...

posted by surpreendida at 11:03 da tarde 0 comments

os (des)silêncios da vida

Na tranquilidade de uma noite
quente de Verão,
escuta...
Sob o sol abrasador
da planície deserta,
escuta...
No cimo do monte
perscrutando o horizonte,
escuta...
No meio da brancura
fofa do nevão,
escuta...
No interior de um templo
em recolhimento,
escuta...
Em cada dia que passa
pára um momento e
escuta...
Aprende, sentindo o que
escutas,
nos (des) silêncios da vida...

posted by surpreendida at 11:02 da tarde 0 comments

sexta-feira, julho 08, 2005

ciclo sem fim

Ao que vêm os golpes certeiros
no coração dos países...
Num ciclo de horror, destruição
e morte...?
Trancam as portas depois
do assalto...
Mas não pensam e alimentam
colaterais ciclos
De horror,destruição
e morte...

posted by surpreendida at 11:24 da manhã 0 comments

bailados amordaçados

Honrar a memória de um sonho,
é cumpri-lo,
Fazendo-o crescer em gritos
de arte...
Merecer o impulso de um legado,
é dar-lhe vida,
Soltem e deixem viver,
bailados amordaçados...

posted by surpreendida at 11:22 da manhã 0 comments

terça-feira, julho 05, 2005

hipocrisias

Cantando espalharam
por toda a parte,
Lembrando a pobreza, a fome,
a miséria, a morte...
Geldof, escreveu ao Papa...
respondeu-lhe com fotografia autografada...
Mas não sendo santinho, quereria se leiloado?
e quem daria alguma coisa?
A hipocrisia politica essa, espreita e ataca,
se não for denunciada...
A quem deve não se pede,
exige-se !
Quem quer e tem para dar,
que dê, sem mais...
Mas são poucos os que dão
sem pedir...
E tantos pedem, pedem, pedem...
até tampinhas...
São pobres, muito pobres,
mas só de espírito...
E não morrem de fome...

posted by surpreendida at 5:59 da tarde 0 comments

loucuras

Feito doido,
alienado,
Em discurso falho de
juízo,
Arrebatando miragens,
quimeras mil,
De coração insanemente
apaixonado,
Por princesa de história
de inventar,
Assim espalhou D Quixote, suas
loucuras...

posted by surpreendida at 5:58 da tarde 0 comments

terça-feira, junho 28, 2005

S

Gosto da letra
"S"
Torna as coisas
Simples,
Exige-nos
Sinceridade,
Impõe-nos
Seriedade.
Mas é
Simpática,
Olha-nos
Sorridente,
De forma
Serena,
Revela-se
Sensível
Plena de
Sentir,
De tanta coisa
Sequiosa.
Por viver
Só,
Esconde
Saudades,
Anima-se em
Solidariedade
E acredita em
Sonhos...

posted by surpreendida at 10:07 da tarde 0 comments

cobardias

Que timidez,
Que medos,
Que traiçoeiro ânimo,
Que acanhamento...
Ganha coragem,
Sê valente,
Nada de
cobardias...

posted by surpreendida at 10:07 da tarde 0 comments

sexta-feira, junho 24, 2005

girações

Pega no fio e enrola
certinho,
Segura-o bem com
a palma da mão,
Lança-o certeiro
em voo baixinho
E deixa-o rodar até
quase mais não...
Mas não deixes
que pare
E fá-lo rodar de novo
na palma da mão...
Roda que roda,
gira que gira,
A vida do menino
e a do seu peão...

posted by surpreendida at 3:55 da tarde 0 comments

(des)orientações

Deixa que te olhe
oriente,
Que encontre a posição
do meu lugar,
Que descubra um caminho,
um rumo,
Que sinta um impulso
p´ra me guiar,
Que no labirinto da vida,
me não perca
Em (des)orientações...

posted by surpreendida at 3:51 da tarde 0 comments

quinta-feira, junho 16, 2005

será a morte um desver? ou um desquerer?

Políticos morrem,
causas não.
Resistentes morrem,
lutas não.
Homens morrem,
poetas não.
Mãos morrem,
obras não.
E ideais e sonhos,
será que morrem...?

posted by surpreendida at 9:52 da manhã 0 comments

indefinições

Há coisas que não se
explicam...
Há limites que não se
conhecem...
Há interpretações que
divergem...
Para tudo e nada se encontram
"indefinições"...

posted by surpreendida at 9:43 da manhã 0 comments

segunda-feira, junho 13, 2005

menino

E aquele Menino
lindo,
Pediu-lhe em seu
sorriso brando,
Que lhe pegasse
ao colo,
Queria ver tudo
de cima,
Conversar de olhos
nos olhos.
Ternamente assim
foi feito.
Agradecido, disse-lhe
o Menino;
Fernando, hás-de
ser Santo!
E se trocasses
de nome...?
António! isso,
Santo António!

posted by surpreendida at 12:11 da tarde 0 comments

fechar os olhos e ver

Labaredas em crescendo
infinito...
Fogo que em excesso
tudo queima...
Do horror da negrura
da Terra,
Cotos de árvores
ardidas,
Erguem-se ao céu
em queixume...
Esqueletos de casas
em súplica...
Seres imolados
sem dó.
Nada, ninguém
resiste...
Mesmo o fogo
dos sentimentos,
Consome o coração
e a alma...
Basta fechar os olhos
e ver...

posted by surpreendida at 12:10 da tarde 0 comments

sábado, junho 04, 2005

esvoaços

Soube-te vagueante, a ver,
a ouvir o mar.
Deixei voar o pensamento,
soltei os sentidos.
Na intimidade do escuro
da noite,
No marulhar das ondas
sem fim,
No aroma fresco
da maresia,
Olhei o céu estrelado,
sorri.
Sob a luz ténue do luar,
caminhei,
No macio da areia
molhada.
Senti arrepio de frio
e parei.
Na ilusão dos sentidos
o vazio...
Vi-me entre quatro
paredes.

posted by surpreendida at 6:14 da tarde 0 comments

lágrimas surdas. sujas.

Em lágrimas surdas.
Sujas.
Num choro calado,
condoído.
Sem pranto, sem lamento,
sem lamúria.
Na infinita dor da verdadeira
perda...

posted by surpreendida at 6:13 da tarde 0 comments

quarta-feira, junho 01, 2005

o dia

Consagram-lhes dia,
comemoram...
Declaram-se direitos,
escondem-se abusos.
Oferecem-lhes fome,
doença, guerra, morte...
No grito silencioso
de um olhar...
Nem o horror apaga
a beleza de uma criança...

posted by surpreendida at 11:39 da manhã 0 comments

Acerca de mim

A minha foto
Nome: surpreendida
Localização: Lisboa, ao redor da urbe, Portugal

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surpreendida surpreendida@yahoo.com.br

olhos vagabundos zealmaro@gmail.com



Proximizade
Pequenos milagres acontecem todos os dias. E cada um de nós os pode despoletar, actuando. Muitas são as formas de ajudar ao alcance de quem o deseja fazer. Do simples clique diário num site que se traduzirá em alimentos, protecção à infância, ajuda a mães e bebés necessitados, até à exigente tarefa de voluntariado, uma vasta gama de possibilidades se coloca a quem, como nós, pretende lutar contra a insensibilidade que procura invadir-nos e deixar-nos indiferentes. O Proximizade, procurando fazer jus ao seu nome e aproximar-se, tanto quanto possível, daqueles que necessitam, não se querendo limitar a um donativo sem garantias de ir parar às mãos certas ou que não sabemos como será aplicado, decidiu eleger como primeira forma de intervenção o apadrinhamento de uma criança moçambicana. Porque Moçambique é um dos países mais pobres do mundo. Porque laços seculares nos ligam ao povo moçambicano. Porque o apadrinhamento se integra num projecto que se norteia pela vontade não de colocar os peixes nas mãos de quem tem fome, mas antes de ensinar a pescar.

outros sitios vagabundos, mas com o mesmo olhar

    linhas que se intersectam
    nos olhos de um vagueante
    silêncios em cores de aguarela
    história pintada sem tempo ( deve olhar-se de baixo para cima )

    outros sitios que visitamos

    fernanda, a transparente combativa que se passou a chamar MARIA, apenas...
    TCA - Traços Com Alma
    atalhos e atilhos
    citador
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