partilhando desafios

um provocador de sonhos...e uma provocadora de memórias...

sábado, março 12, 2005

avistando o longe...

Ali sentado a meu lado...
O vagueante olhava-me
meio espantado...
Maior espanto era o meu,
Perante o inusitado...
Tantos e tão preciosos seixos,
Lhe mostrava o mar...
E ele ali, sentado a meu lado...
Escura pedrita, tristonha,
Para ali abandonada...
Não me atires ao mar
Vagueante, não obrigada.
Trazida pelo mar,
Não desgosto do meu
Sereno rolar...
Cruzo-me com outros seixos
Em se vaguear...
Sinto-os, sorrio-lhes, falo-lhes
Do meu rolar...
Sou pedra algo gasta, atenta, e
Gosto de conversar...
Continuas aí sentado a meu lado...?
Sim, eu deixo, se te apetece
Podes-me agarrar...
Mas não me imagines a olhar-te
feita pisa-papéis...
Mete-me no bolso e
Sente-me...
Pequenina pedra com vida...
Avistando o longe, do meu lugar...

posted by surpreendida at 4:19 da tarde

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Proximizade
Pequenos milagres acontecem todos os dias. E cada um de nós os pode despoletar, actuando. Muitas são as formas de ajudar ao alcance de quem o deseja fazer. Do simples clique diário num site que se traduzirá em alimentos, protecção à infância, ajuda a mães e bebés necessitados, até à exigente tarefa de voluntariado, uma vasta gama de possibilidades se coloca a quem, como nós, pretende lutar contra a insensibilidade que procura invadir-nos e deixar-nos indiferentes. O Proximizade, procurando fazer jus ao seu nome e aproximar-se, tanto quanto possível, daqueles que necessitam, não se querendo limitar a um donativo sem garantias de ir parar às mãos certas ou que não sabemos como será aplicado, decidiu eleger como primeira forma de intervenção o apadrinhamento de uma criança moçambicana. Porque Moçambique é um dos países mais pobres do mundo. Porque laços seculares nos ligam ao povo moçambicano. Porque o apadrinhamento se integra num projecto que se norteia pela vontade não de colocar os peixes nas mãos de quem tem fome, mas antes de ensinar a pescar.

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